Veja como lidar com o sentimento de incapacidade

Postado em 5 de fev de 2022
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Tanto o Enem quanto os vestibulares tradicionais são processos bastante competitivos que podem gerar um alto nível de estresse nos candidatos. Alguns são aprovados, mas a maioria é reprovada ou não consegue atingir a nota de corte ideal.

Por isso, é comum que, ao se descobrir parte do grupo que não passou ou não chegou na nota de corte, você tenha sentimento de incapacidade e inferioridade. Porém, não precisa ser assim.

Neste artigo, você vai ver maneiras de lidar com esses sentimentos, entendendo como os erros e falhas fazem parte do processo que nos faz evoluir. Confira:

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O que é o sentimento de incapacidade?

O sentimento de incapacidade é um estado emocional causado pela insegurança.

Pessoas inseguras perdem diversas oportunidades de crescer em sua carreira justamente por acreditarem que não são boas o suficiente para realizar determinado trabalho.

Além disso, esses indivíduos geralmente têm medo de se envolver em um relacionamento amoroso e se preocupam muito em não ser aceitos e reconhecidos pelas outras pessoas.

O medo é um mecanismo importante para proteger as pessoas de situações perigosas, afetando diretamente as decisões e ações de cada um. Porém, algumas vezes ele pode ser muito prejudicial — especialmente nas ocasiões em que há uma grande oportunidade em jogo.

Pessoas inseguras costumam ter mais medo de arriscar, de ter dificuldade para dizerem não, de não reconhecer seus próprios potenciais, além de apresentarem um excesso de perfeccionismo.

Isso leva o indivíduo a sofrer muito com críticas e medo de rejeição, características que se evidenciam muito em um comportamento conhecido como complexo de inferioridade.

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O que é complexo de inferioridade?

É um comportamento desenvolvido por pessoas com baixa autoestima, com algum transtorno de saúde mental ou que passaram por situações ruins recentemente.

Ele surge do sentimento de extrema desvalorização do ser.

A pessoa pode começar a cultivá-lo ainda quando criança ou adolescente, se apegando a ocasiões em que foi criticada, rejeitada, sofreu bullying ou se sentiu pressionada.

Assim, desenvolve uma opinião negativa e irreal sobre si mesma. No entanto, para uma vida adulta saudável e feliz, essas ideias equivocadas precisam ser combatidas. É crucial compreender nossas próprias crenças limitantes para tirarmos maior proveito da vida.

Caso contrário, por onde passar, o indivíduo com traços do complexo se sentirá inferior aos demais, sabotando oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Características do complexo de inferioridade

Quem tem complexo de inferioridade apresenta condutas e pensamentos semelhantes.

Se você acredita que está sofrendo ou desenvolvendo esse complexo, fique atento aos seus pensamentos e sentimentos. Veja abaixo as três principais característica do complexo:

  1. Comparação constante: a pessoa é incapaz de fazer qualquer coisa sem comparar seus métodos e resultados com o de outras pessoas que considera terem mais sucesso. Em vez de vê-las como inspiração, a pessoa idealiza o que o outro faz como o correto e se repreende por ter ideias diferentes.
  2. Alta sensibilidade: quem se sente inferior é bastante sensível a críticas e comentários alheios, sentindo-se imediatamente mal ao recebê-los. Mesmo quando se trata de uma brincadeira, leva para o pessoal.
  3. Falta de autoestima: a incapacidade de reconhecer suas qualidades torna a pessoa infeliz. Ela começa a acreditar que não tem nada de bom para oferecer ao mundo, mesmo que já tenha recebido elogios e reconhecimentos. Quando o problema está relacionado a aparência, a pessoa pode compulsivamente buscar maneiras de melhorar o que não lhe agrada em seu corpo. Procedimentos estéticos se tornam uma prática comum.

Reforçamos que, este artigo não é válido como diagnóstico. Se você desconfiar que tem complexo de inferioridade, procure um profissional.

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4 formas de trabalhar sentimentos de incapacidade

Veja, abaixo, formas de lidar com o sentimento de incapacidade e inferioridade:

1. Compreenda que falhar é algo perfeitamente humano

Se você cometeu um erro ou falhou, o máximo que pode acontecer é justamente isso: errar.

Mas é importante saber que a verdade por trás do erro é que ela nos permite chegar ao acerto. Ou seja, ela é a maneira de aprender e fazer diferente na próxima tentativa.

É dito que Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica, por exemplo, teve mais de 700 tentativas frustradas em um só dia até chegar na solução que usamos nos dias atuais. Já imaginou se ele tivesse sucumbido ao sentimento de incapacidade?

Então, se você tentou realizar alguma tarefa e falhou, se você foi reprovado ou tirou zero na redação do Enem, não tenha medo de incorporar o erro no seu processo de aprendizagem.

2. Tente refletir sobre o problema e compreender seus gatilhos

Por que você se sente tão inferior? O que o incomoda em você mesmo? Encontre as respostas para essas perguntas trabalhando com um profissional de psicologia e identifique padrões e tendências de comportamento e pensamento.

Muitas de nossas frustrações e condutas são resultantes de acontecimentos do passado. E com o complexo de inferioridade não é diferente. Revisite-o em busca do causador da rejeição, do medo, da falta de confiança, da insegurança.

Assim, você poderá trabalhar em meios de ressignificar essas experiências. Quando o passado tem muito controle sobre nós, agimos à espera do retorno dos episódios que nos perturbaram.

É apenas com a compreensão de que não devemos nos armar contra algo que ficou para trás que conseguimos nos distanciar do passado.

3. Entenda que você é suficiente e não se compare aos outros

A fórmula para viver bem de outra pessoa pode ser maravilhosa para ela e horrível para você.

Comparações acabam sempre se tornando sem sentido. Se você se sente menos que os outros por conta de suas atitudes, jeito de ser, aparência ou qualquer outra característica particular, lembre-se que ninguém é melhor do que ninguém. Você é o suficiente.

Quando a insegurança aparecer, acredite que você tem total capacidade para combatê-la e busque atingir a sua própria autoafirmação. Siga em frente mesmo com medo e dúvidas.

Lembre-se de que você fez o melhor que pode no momento, com as ferramentas que tinha disponíveis e que, na próxima vez, irá buscar melhorar cada vez mais.

4. Enfrente os seus medos

Pessoas que se sentem inferiores escondem a vulnerabilidade para transmitir uma imagem que julgam ser a mais apropriada. Porém, o que mais nos desafia também nos ajuda crescer.

A partir do momento em que você abraçar o que não gosta do que vê, a vida deixará de ser assustadora. Isso porque passamos a conviver melhor conosco quando transformamos nossas falhas em aprendizado e alavanca para o amadurecimento.

É apenas com o enfrentamento, no seu ritmo, na maneira que você fique mais confortável e acompanhado de um profissional, que você conseguirá modificar comportamentos.

Bônus: não hesite em procurar a ajuda de um psicólogo

A última das dicas, um bônus, é que você nunca pense duas vezes em procurar um profissional.

O psicólogo tem a escuta treinada e conhecimento da psique humana, o que o torna capacitado para compreender os elementos da sua vida que causam desconforto, bem como de encorajar reflexões para que você aprenda a lidar com suas questões.

É indicado que você marque uma consulta quando perceber sintomas de medo, tristeza, ansiedade, depressão, raiva, angústia, desânimo e procrastinação que se tornam constantes na sua vida e que não melhorarem com o passar das semanas.

Nestes casos, quanto antes você buscar um atendimento especializado, melhor.

Lembre-se de que estar com os cuidados com a sua saúde mental em dia é parte importante do processo de se preparar para o Enem, ou vestibular, e de construir sua carreira profissional. Assim, você tem equilíbrio, calma e consegue tomar as melhores decisões.

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Por Redação Blog do EAD

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